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"Dez praias onde não pode deixar de mergulhar antes de morrer" é um dos capítulos do livro "Tanto Mar", de Pedro Adão e Silva e João Catarino.
Conheça- as e anote:
Assista, ainda, à entrevista "Ideias em Estante" onde Adão e Silva apresenta o seu livro; e, partilha também "um dos livros que mais o marcou".
"Let my people go surfing", de Yvos Chouinard, é a obra escolhida.
Dez praias onde deve mergulhar
Moledo (Viana do Castelo)
"O excesso de vento torna os dias de bom surf pouco frequentes, mas cria condições óptimas para o windsurf e kitesurf" Comer: "Tasquinha do Ibraim" em Vila Praia de Âncora.
Cabedelo (Viana do Castelo)
"Enquanto se mantém a cidade de Viana do Castelo à vista, vale a pena fazer o percurso a pé até à praia do Rodanho, o que implica atravessar o pequeno rego da Anha".
São Pedro de Moel (Marinha Grande)
"São Pedro de Moel convida ao silêncio e a vagarosos passeios a pé". Comer : "Âncora Azul", conhecido por "Senhor João".
Pedras Muitas (Peniche)
"Estamos perante uma praia fechada por uma arriba e de fronteira incerta". Comer: "Tasca do Joel".
Foz do Lizandro (Ericeira)
"É uma praia que parece encerrar todas as praias e onde se cruzam várias influências e culturas". Comer: "Gabriel" ou no "Mar à Vista"
Guincho (Cascais)
"Se esta praia é conhecida por ser fustigada pelo vento com uma intensidade quase única, na verdade, o elemento mais marcante é a sua extensão luminosa. Comer "Monte Mar" (ao estilo "famílias ricas de Boston")
Costa da Caparica (Almada)
"Praia de inclinação marcadamente popular, é o destino por excelência dos lisboetas..." Comer: "Barbas"
Malhão (Vila Nova de Milfontes)
"...é uma das jóias das praias portuguesas e não encontra muitas competidoras à altura em toda a Europa." Comer: "Tasca do Celso"
Odeceixe (Aljezur)
"...marca a entrada no Algarve e surpreende pela natureza monumental"
Praia do Barril (Tavira)
" Para se alcançar a praia do Barril é preciso tomar o pitoresco comboio que segue por cima do sapal durante um quilómetro. Comer: "Fialho"
ENTREVISTA
“À boleia para as melhores praias de Portugal”
Adão e Silva escreve. João Catarino ilustra. O resultado: há “Tanto Mar” e outra tanta economia para explorar.
É politólogo, surfista, professor, comentador do Expresso, da SIC Notícias, da TSF, da Surf Portugal e, no meio de tudo isto, ainda escreve "cadernos de viagens". Onde? Em Portugal.
Com um estilo muito próprio, Adão e Silva e João Catarino, ilustrador deste guia ("Tanto Mar", Clube de Autor), meteram-se à estrada e retrataram, literalmente, e 'in loco', as praias portuguesas. Foram necessárias algumas semanas, alguma dose de gosto pelo nomadismo e sobretudo uma enorme paixão pelo surf.
Estando os ingredientes identificados - aos quais se juntou o tradicional "pão de forma" -, o 'cocktail' estava preparado. As ondas encarregaram-se do restante: o agito marítimo.
O resultado: muitos traços, que deram origem (a fabulosas) ilustrações, semelhantes aos cadernos da Louis Vuitton, o que só por si pode ser um indicador (para economista ler) de que o surf não é mais "só para pé descalço"; e textos que cumprem a missão de nos fazer sonhar. Ou, como escreve Jacinto Lucas Pires, no prefácio, "Este Tanto Mar é um achado. Permite-nos ser heróis da aventura de ir-ver-e-vencer, sem levantar o rabo da cadeira, e isso, caros amigos, não tem preço".
Se for dos que gosta de entrar no mar e pegar a onda, então faça-se, também, à estrada. Em tempos de crise fica a sugestão "económica"; mas sobretudo fica a mensagem de que há muito ("Tanto") a explorar neste país, onde, e ao som da música popular, "o mar enrola na areia, ninguém sabe o que ele diz". Se ele ao menos "falasse a língua dos homens"(também dos da 'troika') podia o Governo levá-los a passear de "pão de forma", que afinal até é alemão. Tudo isso com a melhor das intenções: mostrar um dos nossos maiores factores de diferenciação, o mar. O guia já existe. Fica o desafio da tradução.
“Let my people go Surfing” é a obra escolhida
Vamos apanhar ondas?
"Deixem as minhas pessoas (os meus colaboradores) surfar", de Yvon Chouinard, é o livro de economia e gestão escolhido por Pedro Adão e Silva. O politólogo escolheu esta obra de gestão, do dono da multinacional Patagonia, por este ser um manual que "utiliza o surf como uma metáfora para as relações no contexto das empresas e também para a importância da consciência ambiental e social." Mas não só. Em entrevista ao "Ideias em Estante", Adão e Silva refere que este livro prova que se dermos toda a liberdade de utilização do tempo aos trabalhadores, isso pode jogar a favor da empresa.
(Este texto foi publicado na “Ideias em Estante”, na edição de sexta-feira do DE/6 de Julho de 2012)
Este post também foi publicado no blog:www.livrosemanias.blogs.sapo.pt
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