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Livros além da crise
De forma surpreendente, a sétima edição do prémio FT/ Goldman Sachs é marcada por livros que não falam da crise. Segurança energética e pobreza dominam.
Já é conhecida a 'shortlist' das obras seleccionadas para o galardão "The Best Business Book of the Year" (melhor livro de economia e gestão do ano), atribuído pelo Financial Times (FT) e pela Goldman Sachs. À semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a sétima edição deste prémio brilha pela boa qualidade das obras que se propõem a concurso, mas sobretudo pelos premiados, que são sempre livros de grande qualidade técnica e que marcam, anualmente, a agenda das editoras, que curiosamente se encontram esta semana na Feira de Frankfurt a negociar direitos.
Entre as novidades deste certame duas notas: é a primeira vez, desde 2005, ano em que o FT lançou este galardão, que não há nenhum autor jornalista na 'shortlist' deste concurso. A segunda boa nova prende-se com o facto de os livros seleccionados não se focarem no tema crise. Algo inédito, também, neste prémio onde o tema dominante tem sido a crise financeira. Como referiu publicamente Lionel Barber, editor do FT, "os livros são intelectualmente estimulantes e oferecem visões alternativas. Abrem desta forma novas perspectivas nos negócios e no mundo". No ano passado, o vencedor deste prémio foi Raghuram Rajan, autor de "Fault Lines", ex-director chefe do Fundo Monetário Internacional e um dos economistas que conseguiu antecipar a actual crise financeira. Já em 2009 a obra premiada foi "Lords of Finance", de Liaquat Ahamed.
E se o mundo editorial ficará a saber qual a melhor obra de Economia e Gestão do ano, o autor irá também ver o seu mérito reconhecido através das 30 mil libras que irá receber. Os restantes receberão 10 mil libras por terem sido seleccionados pelo júri constituído por Vindi Banga, da Clayton;Arthur Levitt, ex-executivo da US Securities and Exchange Commission; Lynda Gratton, professora de gestão da London Business School; Mario Monti, Presidente da Bocconi University; Jorma Ollila, CEO da Nokia e da Royal Dutch Shell; Shriti Vadera, director da Shriti Vadera. O júri, que é presidido por Lionel Barber, editor do FT, entregará o galardão no próximo dia 3 de Novembro em Londres. O Lord Patten de Barnes, CEO da BBC Trust, será o 'keynote speaker'.
E AS SEIS OBRAS SELECCIONADAS SÃO:
"Exorbitant Privilege", de B. Eichengreen, obra que onde é apresentado o domínio do dólar;"Good Strategy/Bad Strategy", de R. Rumelt, livro que apresenta a importância das boas decisões estratégicas; "Poor Economics", de Abhijit V. Banerjee e Esther Duflo, economistas do MIT, que apresentam a importância das experiências no mundo em vias de desenvolvimento; "The Quest", de Daniel Yergin, especialista em energia; "Triumph of the City", de E. Glaeser, que apresenta as vantagens económicas e ambientais dos centros urbanos; e "Wilful Blindess", de M.Heffernan, que tenta provar porque é que as pessoas às vezes não identificam os sinais óbvios.
( Este texto foi publicado na "Ideias em Estante" na edição de sexta- feira do Diário Económico. 14/10/11)
Este post também foi publicado no blog:www.livrosemanias.blogs.sapo.pt
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