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Parte I.
… (ainda no rescaldo do anúncio de Domingo)
Vivemos num País onde o Presidente da República,a oposição e os demais parlamentares comunicam,cada vez mais,com o povo através de uma rede social,que apesar da sua crescente (e merecida) importância,não deixa de ser virtual. Isso irrita? Muito!
Mas irrita sobretudo saber que num momento delicado,como o que estamos a viver hoje,ninguém se lembre de que os sentimentos estão à flor da pele e que existe sede de confiança transmitida “olhos nos olhos”. Existe sede de humanismo! As redes sociais são indubitavelmente muito importantes. Todos nós lá estamos e os que ainda lá não “residimos” já lá desejávamos estar. Basta ler,por exemplo,o livro Socialnomics em que Erik Qualman refere que “ O tens facebook?” substitui o “Dás-me o teu número de telefone” para entendermos como os “quadros estão a mudar”. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…
Mas a vida – que é composta por realidades,expectativas e sentimentos – não é uma equação de resultados fixos. É antes variável. E uma verdade absoluta - por mais verídica que seja - pode não ter enquadramento pratico num jogo. Que Ronaldo é “bom”,dizem os entendidos,não restam dúvidas. Mas jogará bem em todas as equipas?
A questão vital aqui é que estamos cansados,exaustos e a precisar não de uma mensagem impessoal mas sim de uma expressão que nos console a alma. E ai – no que toca ao humanismo – as redes sociais,a Internet,as vídeo-conferências… perdem para tudo o que é real. ( Principalmente porque a crise é real e não obstante: é provocada por falta de “economia real”)
Ninguém se lembrou disso? Ao que parece,pela crescente adesão a esta ferramenta de comunicação por parte de figuras públicas,o foco está “na suposta ponta da lança”. É caso para escrever que todos apostam nos nichos. (Andam a ler muito Chris Anderson mas esquecem que uma grande percentagem do povo ainda não ouviu falar deste autor).
MAS ATENÇÃO: Os utilizadores Não leram tudo!
Os grandes autores que advogam que o futuro passa pelas redes sociais,tais como,Erik Qualman,que escreve “Os novos reis são hoje as pessoas que recomendam produtos e serviços por via das ferramentas sociais”,alertam também para os PERIGOS. Dizem os entendidos que mais vale não estar do que estar mal.
E quem não está em bons lençóis é Fernando Nobre, que acaba de fechar, segundo o site do jornal Expresso, a sua página do Facebook dada a grande quantidade de mensagens não abonatórias à sua pessoa. Nobre esta a queimar-se na própria fogueira? Sem dúvida. E DUPLAMENTE. É esse o poder,também,desta ferramenta que dá voz a todos os internautas – esse é o lado bom desta tecnologia aplicada à democracia. Mas isso não leram os experts em comunicação que se dirigem “aos fantásticos” 2 347 140 de portugueses que têm página no Facebook ( segundo MKT Portugal).
E isso irrita?
Muito. Afinal somos 10 milhões… ou seja agora comunicamos para nichos ou para um Portugal inteiro?
A minha avó não tem Facebook, mas vota! Mais grave: paga e sempre pagou impostos.
Não falarem para essa grande Senhora irrita? Sim e muito. Para além do conteúdo, que não vou para já comentar, a forma destas últimas comunicações oficiais ao País foram terríveis.
Num país onde é necessária frontalidade mostrem a cara! Não a escondam por detrás de Faces. As novas tecnologias existem para serem utilizadas e significam progresso. Mas saibam usá-las. Senão,ficam reféns das mesmas…
Ps: ….e ainda assim a minha avó e as suas amigas devem estar a tomar chá sem saberem de nada. Talvez à noite assistam ao jornal das 20h! E ai a noticia não vai ser um anúncio nacional,que as “facebook excluídas não leram”; o que vai ser noticia será com toda a certeza que “ Nobre fecha página”. Do quê? "Dessa coisa da net!", dirão, com quase toda a certeza as amigas da minha avó que fazem parte dos quase 80% da população nacional que não tem FaceBook.
Este post também foi publicado no blog:www.livrosemanias.blogs.sapo.pt
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