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No passado dia 2 de Maio, sábado, a feira do livro organizou um interessante debate, ao qual não me foi possível (infelizmente) comparecer, intitulado " Será que os Livros nos ajudam a sair da crise?". Três autores portugueses, aliás "três top10 nacionais" nos últimos meses (de crise), foram convidados para debater o tema. A moderação foi de Sara Belo Luís, jornalista da Visão, que fez o favor de escrever as linhas que junto vos deixo em resposta à minha questão "como correu?".
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"A pedido da minha querida amiga Mafalda, aqui seguem umas linhas (atrasadas) sobre o que, no sábado (2 de Maio), se passou na feira do livro. Para quem não esteve lá começo por dizer que era um final de tarde quente, à medida de um verdadeiro dia de Verão. Imagino que, por isso, souberam muito bem as cadeirinhas da plateia da Praça Central onde entre as 19.30 e as 21.00 horas estive a moderar um debate a que chamei: “Os livros ajudam-nos a sair da crise?”.
Pois bem, primeiro dou conta que Luís Ferreira Lopes, jornalista da SIC e autor do livro Seja Mais Esperto do que a Crise (Esfera dos Livros), acabou por não poder ir porque estava em reportagem no Brasil. Respondendo à minha pergunta, os outros dois convidados, Camilo Lourenço e Pedro Queiroga Carrilho, autores de Como Esticar o Salário e Encurtar o Mês (Livros d’Hoje) e O Seu Primeiro Milhão (Lua de Papel), estiveram de acordo que, sim senhora, os livros podem de facto ajudar-nos a sair da crise. Mas - convém sermos realistas - não adiantam absolutamente nada se antes não nos convecermos de que temos mesmo que sair da crise. Parece retórica, mas não é, acreditem. É que do que mais se falou foi da outra crise, daquela que por vezes preferimos nem falar dela. Ssshhhiiiuuuu...! Para quê, se as praias do nordeste brasileiro e do Caribe nos ajudam a fingir que ela não existe? Resumo meu: sair da crise é uma questão cultural, de mind set. E este nada tem a ver com o subprime e o Lehman Brothers...
Falou-se de cartões de crédito a triplicar, de linhas de crédito fácil, de taxas de juro elevadíssimas, de crédito à habitação, de sobrendividamento, mas também da geração 1000 euros, dos empregos que já não existem, dos cursos universitários desadequados ao mercado de trabalho, do Estado que está longe de ser o primeiro a dar o exemplo... Enfim, do Portugal depressivo, parafraseando a Economist no texto que nos dedica na edição desta semana. Também se contaram algumas histórias: a rat race do Pedro e os três mealheiros do Camilo. Foram ambos bons comunicadores, souberam prender a atenção da plateia que não arredou pé, responder às perguntas inteligentes que foram feitas no final. A mim pessoalmente ficou-me a faltar a discussão sobre a crise globalizada que por aí anda. Mas isso talvez seja a minha queda para a filosofia."
Por Sara Belo Luis, jornalista da Visão ( enviado por e-mail a 8 de Maio 09)
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