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Segunda-feira, 30 de Março de 2009
Em conversa com George Cooper, autor de "A Origem das Crises Financeiras"

 


Editora: Lua de Papel/Páginas: 176/ PVP: 16€

 

A teoria económica que defende a eficiência dos mercados está errada! Principalmente no que toca à sua aplicação aos mercados financeiros. Esta é uma das principais conclusões de George Cooper, autor de “A Origem das Crises Financeiras” (editado pela Lua de Papel) e já reconhecido como “O homem” da moderna escola dos “excessos de crédito”. Em conversa com o nosso jornal Cooper, que não é o primeiro a falar desta teoria – como o próprio afirma – afinal Minsky desenvolveu a teoria da instabilidade financeira e Jeremiahs também abordou essa temática, mostrou-se espantado por as autoridades governamentais, incluindo os bancos Centrais, continuarem sistematicamente a seguirem os mesmos passos e filosofias (muitas vezes contraditórias). Quando tudo parece estar bem deixam os mercados sozinhos; quando estamos em crise, respondem logo cortando, por exemplo, as taxas de juros. “Eu explico no meu livro que a politica monetária é necessária e útil mas se for usada muitas vezes e muito cedo em ciclos repetidos o resultado é que os ciclos económicos serão maiores e mais perigosos”, diz Cooper não deixando margens para dúvidas de que o que estamos a sofrer hoje é o resultado de um uso excessivo dessas politicas no passado. “A nossa maior falha consiste no facto de não entendermos como o mercado do sistema financeiro funciona. Porque temos vindo a trabalhar com teorias erróneas temos vindo a tirar conclusões erradas sobre a forma de gerir e regular o sistema financeiro”, diz clarificando que tudo começa pela assumpção da “eficiência dos mercados”, que de uma forma simplista diz que a procura iguala a oferta num ponto óptimo. Ou seja assume que os preços reflectem toda a informação do mercado e (tal como sublinha o autor) que não são necessárias intervenções externas para chegar ao equilíbrio (Para quê então a existência de Bancos Centrais? Diz em tom irónico). Discordando totalmente desta “eficiência”, até porque os mercados estão envoltos em mecanismos que os levam terem booms e recessões, Cooper afirma que o problema é a forma como os mercados financeiros são financiados através de empréstimos. Algo que “reforça os ciclos de períodos alternados de expansão e recessão”. Nesta obra, que nos apresenta a evolução da história financeira o autor apresenta os riscos de longo prazo das intervenções (que encorajam os empréstimos e que levam à criação de excessos de créditos). Não obstante afirma-se optimista a longo prazo, diz em entrevista que a solução passa hoje por criar (com cuidado) inflação através da criação de dinheiro e afirma que esta crise não é única nem pior do que outras. “Tivemos um evento muito similar ao que vivemos hoje na América nos anos 30”. Uma palavra de esperança num mundo onde as escolas de pensamento económico (tais como a dominadora escola de Chicago) defendem umas teorias, a prática, diz Cooper, prova o contrário. Isto para não falar das “preocupações” opostas, por exemplo, do FED e do Banco Central Europeu. Mas isso dava pano para uma outra entrevista. Para já fica esta e a forte recomendação de leitura deste livro.  ( in Expresso/ 21 de Março 09)

 

 

 

 

Artigo interessante publicado hoje pelo autor no The Huffington Post. Leia aqui

 

Outro no NYTimes ( 28/02/09)

 
publicado por Mafalda Avelar às 15:12
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4 comentários:
De Zé da Burra o Alentejano a 31 de Março de 2009 às 16:56
A actual crise não é apenas uma crise criada pela especulação bolsista americana e pela não fiscalização das reservas monetárias de segurança da generalidade dos bancos e dos fluxos monetários com destino aos paraísos fiscais onde depois se perde o rasto do dinheiro. As administrações de bancos e de grandes companhias visavam a obtenção de mais lucros a todo o custo e isso representou para muitos aforradores que os seus investimentos foram afinal burlas. Os bancos procuravam a liberdade total para fazerem o que muito bem entendessem ao dinheiro que lhes era confiado; os segundos pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no extremo oriente em virtude dos baixos salários e da inexistência de obrigações sociais. O resultado já está à vista: o descalabro bolsista e bancário, a falência de uns bancos e as ajudas governamentais a outros; a necessidade de corte nas produções industriais das empresas, incluindo nas que já se mudaram para os novos países, porque as produções se destinavam sobretudo à exportação para o ocidente onde estão as populações com maior poder de compra que está agora em rápido declínio, como fruto da globalização criada.
Ao aderirem ao desafio da globalização, os países ocidentais e da União Europeia prometeram ao seus cidadãos que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas e não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações mais e melhores condições sociais: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados ocidentais. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação desses países sem que essas condições fossem satisfeitas, criando assim uma concorrência desleal e “selvagem” da qual o ocidente nunca poderá ganhar. A única solução será a de nivelar as condições sociais dos trabalhadores ocidentais pelas desses países e que são miseráveis (crianças chegam a ser vendidas pelos próprios pais para servirem de escravos). O ocidente franqueou as suas portas a países que estão em rápido desenvolvimento tecnológico com custos de mão de obra insignificantes e sem comprometimento com a defesa do ambiente, com tecnologias altamente poluidoras e mais baratas.
Estamos a assistir neste momento a uma tentativa desesperada de resistir a uma guerra perdida, nivelamento por baixo as condições sociais dos trabalhadores ocidentais. Daí a revolta que se observa nos vários países da UE. Mas será que os trabalhadores ocidentais vão aceitar trabalhar a troco de dois ou três quilos de arroz por dia, sem direito a descanso semanal, férias, reforma na velhice, etc...? Não! O resultado será um lento definhar em direcção ao caos e enquanto umas empresas fecham portas para sempre, outras se deslocam para a China ou para Índia para não serem sufocadas pela concorrência desleal, mas, até mesmo essas terão que reduzir a sua produção porque os ocidentais estão a perder rapidamente poder de compra. Entretanto, no ocidente a indigência, a marginalidade e o crime mais ou menos violento irão crescer e atingir níveis inimagináveis, apenas vistos em filmes de ficção ou referidos nos escritos bíblicos do apocalipse. Espera-nos uma espécie de nova “Idade Média”, onde restarão alguns privilegiados, protegidos por alta segurança, enquanto a maioria se afunda no caos: desaparecerá a chamada classe média e de remediados. Há que recuar mas será que ainda vamos a tempo? Apesar de todas as crises quem vai ganhar é a China, a Índia, a Tailândia, etc.

Os políticos portugueses do PS e PSD alinharam sempre pelas teses desta globalização. Ora aí têm o resultado!
De Augusto Küttner de Magalhães a 1 de Abril de 2009 às 12:15
Torna-se indispensável que Pessoas com capacidade de análise, e essencialmente isenção e distanciamento, como é aqui o caso de George Cooper, analisem estas situações, apontem os erros e aconselhem a que se não repita, e repitam e voltem a repetir!!!!!
De CN a 2 de Abril de 2009 às 09:47
O autor (provavelmente sem ter consciência disso, por desconhecimento) articula mal o que está desenvolvido há muito tempo pela chamada "Escola Austríaca" da Economia de que fazem parte Ludwig von Mises , Hayek (prémio Nobel) e Murray N. Rothbard e muitos outros, a que chamaram Teoria dos Ciclos Económicos que na sua base é muito simples:

O actual sistema monetário (que poderíamos classificar de socialismo monetário) está assente no princípio que a concessão e crescimento do stock de crédito na economia é materializado pela pura criação de moeda. Os Bancos quando concedem mais crédito, fazem-no não por intermediação de poupança previamente existente mas sim pela criação de moeda ao creditar esse valor em DO.

Este simples facto, faz com que a taxa de juro num período de expansão seja inferior ao que seria na ausência dessa pura criação de moeda, com dois efeitos esperados:

- o sobre-investimento é encorajado
- a sub-poupança

Estes dois efeitos, tornam possível que a curto prazo exista uma aparente expansão da economia, com subida de preços de activos como acções e imobiliário e bens de capital, mas mais tarde ou mais cedo, a bolha rebenta (excesso de crédito, excesso de investimento em curso, deficiente poupança) e colocando os balanços dos bancos em insolvência técnica, obrigando os Bancos Centrais a mais "injecções" de moeda.

O problema da doutrina económica moderna foi ter separado (como se isso fosse possível) o acto de concessão de crédito do de poupança prévia. Hoje fala-se de crédito como se fosse uma variável autónoma e independente da poupança. Isso só é possível porque a Banca tem a capacidade de conceder crédito sem ter que captar a poupança correspondente.

Assim, o sistema monetário é ele próprio instável (os Bancos só têm 3% a 5% de moeda para as responsabilidades dos Depósitos no seu passivo), de risco sistémico por natureza, sendo que a expansão monetária e crédito, introduz o erro económico generalizado nos agentes.

Os mercados não são ineficientes. Os mercados precisam é de informação de qualidade transmitida pelos e taxas de juro. Se existe intervencionismo artificial sobre eles, a qualidade perde-se e os mercados tornam-se ineficientes.
De CN a 2 de Abril de 2009 às 10:06
Pareareferências:

1. "Meltdown: A Free-Market Look at Why the Stock Market Collapsed, the Economy Tanked, and Government Bailouts Will Make Things Worse "(Hardcover) de Thomas E. Woods (foreword de Ron Paul)

http://www.amazon.com/Meltdown-Free-Market-Collapsed-Government-Bailouts/dp/1596985879/ref=pd_bbs_sr_1?ie=UTF8&s=books&qid=1238663032&sr=8-1

Acabado de publicar, e na lista de Best-Seller do NYT


2. The Austrian Theory of the Trade Cycle
http://mises.org/tradcycl.asp

Introduction: The Austrian Theory in Perspective
Roger W. Garrison

The "Austrian" Theory of the Trade Cycle
Ludwig von Mises

Money and the Business Cycle
Gottfried Haberler

Economic Depressions: Their Cause and Cure
Murray N. Rothbard

Can We Still Avoid Inflation?
Friedrich A. Hayek

The Austrian Theory: A Summary
Roger W. Garrison

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