Escritas de Leitores:"Quem Despedir sem Precisar vai pagar isso", Augusto Küttner de Magalhães
Deixo-vos, com o registo "Escritas de Leitores", um texto enviado por Augusto Küttner de Magalhães.
Um bom fim de semana. E se tiver tempo passe pelo São Jorge onde se inicia hoje o African Screens.
Até para a semana!
"Quem despedir sem precisar vai pagar isso"
Roubo com todo o respeito e modéstia, esta frase a Ram Charan consultor de CEO’s e Executivos, que não aceita a "crise" como "desculpa" e aponta o "início da recuperação em seis meses". Numa conferência - li, não estive evidentemente presente - em 16 de Março de 2009 em Lisboa para mais de 80 CEO's, disse também que os EUA "têm o que é preciso para combater a crise". Para este guru as 8 competências hoje necessárias para um leader ter um bom desempenho são: ambição, motivação, tenacidade, autoconfiança, abertura de espírito, realismo e vontade de aprender" . E disse que a personalidade e psicologia têm um papel importante na gestão de negócios, onde é necessário que exista "concentração no risco e transparência". No passado dia 10 de Março no Porto - aí já estive presente - , o nosso compatriota economista e professor universitário no Canadá, Álvaro Santos Pereira, lançou o livro "O Medo do Insucesso Nacional" com prefácio de Belmiro de Azevedo, onde este escreve " a haver um projecto nacional para contrariar o medo colectivo, este deverá ser novo e diversificado, extremamente inovador e, sobretudo, deverá perseguir objectivos adequados à nossa ambição". O autor Álvaro Santos Pereira traça-nos no seu livro com uma tremenda objectividade, factual e retrospectivamente tantos dos erros que cometemos nas duas ultimas décadas e em épocas mais distantes, mas - para além disso - sugere-nos pistas possiveis - queiramos nós segui-las - para irmos em frente, para com empenho, competência, capacidade e pontualidade desfiarmos o futuro, começando se possível, já hoje. Todos estes ensinamentos devem por todos, essencialmente pelos nossos jovens muito bem ser absorvidos, sendo uma base para "lutar sem guerra", por saídas credíveis da crise, havendo responsabilidade de todos e de cada um, não só do leader, mas de todos para vencermos. A tudo isto e não é pouco, há que acrescentar que para além da mais que necessária especialização exigida aos nossos jovens, com bons conhecimentos e adequados para o desempenho de funções em determinadas áreas profissionais, tem que haver , tem que ser assumida a ideia, da polivalência e da flexibilidade, de um alargamento dos conhecimentos, de terem muitas vezes, tantas vezes, que saber e pretender voluntária e empenhadamente fazer trabalhos que não só aqueles concretos da sua especialização, mas muitos outros, de maior ou até menor prestígio e responsabilidade e sobretudo sem vergonhas, bem pelo contrário, como um acto de criação conjunta de valores, de mais postos de trabalho, de melhores bens! Está chegada a hora de os jovens saberem fazer mais do que um "só" trabalho, ainda para mais quando já não há empregos para a vida. Tem que haver empenho, transparência e algo muito importante e necessário, "comunicação dentro da empresa", sempre com as respectivas hierarquias, mas por forma a que todos saibam para onde vão, como vão, com responsabilidade e responsabilização, não empurrando para os outros o que a cada um compete ser feito, e todos apostando no desenvolvimento sustentado atingindo patamares de eficiência compatíveis e extremamente ajustados de desenvolvimento. Se tudo isto for por todos assumido, a frase inicial, tão humana, tão necessária, terá cada vez mais valor: " Quem despedir sem precisar vai pagar por isso". Por Augusto Küttner de Magalhães ( Março 2009)
De Afonso Tomás a 28 de Março de 2009 às 22:03
É isso mesmo! Precisamos de dar voz a quem gosta de a usar. Um por todos e todos por um nesta luta contra uma crise global.
De Augusto Küttner de Magalhães a 30 de Março de 2009 às 12:15
Isso mesmo. Esperemos que haja oportunidade de TODOS positivamente ajudarem a "DARMOS A VOLTA" , claro "Por Cima"
De
Nucha a 29 de Abril de 2009 às 23:07
Que bom encontrá-lo por aqui...
Um Abraço!
De Augusto Küttner de Magalhães a 5 de Maio de 2009 às 08:58
OLá! Digo o mesmo! Estamos a frquentar "bons sitios"!!
De Anónimo a 30 de Março de 2009 às 15:09
Desculpem mas resolvi não dar a cara e não escrever o meu nome.
A verdade é que me apetece gritar um palavrão. Estou deseperado e sem emprego fixo. Lá vou recebendo uns tostões através dos recibos verdes, que além de não me darem segurança cobram-me cada vez mais impostos. Estou cansado, Sou jovem sempre fui optimista mas começo a ficar sem energia para dar a volta por cima. Por sorte, ou não, ainda não tenho filhos. Se os tivesse pergunto-me como é que os iria sustentar? Colégios, creches, actividades extra curriculares têm todos um sutos absurdo. A minha companheira tem um regime laboral fixo, o que tem sido a nossa sorte. Temos saúde é outra grande sorte.
Despeço-me sem dar a cara pelo que peço desculpas. Espero rapidamente perder esta vergonha. Um abraço deste lamigo virtual
De Augusto Küttner de Magalhães a 30 de Março de 2009 às 22:40
Caro Anónimo
A forma e o conteúdo justificam o Seu anonimato. Sendo que o que relata, é infelizmente uma situação vivida por muitos, por demasiados, e já não só “aqui” mas por esse mundo fora! Claro que isto não lhe serve de alivio, mas é uma realidade. Fazer o que os jovens gregos têm vindo a fazer, não sei se trás resultados, dado que partir tudo para depois reconstruir do nada, não me parece ser o caminho a seguir.
Apostar no empreendorismo, na maior formação, na maior educação é um caminho, não sei se o caminho, dado que me pode dizer que há tantos com tantos estudos, sem garantias de emprego. Verdade!
Apostar em micro-empresas exportadoras penso ser uma hipotese, dado que o consumo interno não vai aumentar!! E países como o Brasil, Angola!!!!! E mais têm potencial de e para consumo, e daqui é possivel para lá produzir.
Esperar que o Estado ressolva tudo, não vai resultar. Partir tudo também não.
Logo a aposta dificil, complicada para V/ jovens, vai ser não desanimar, não baixar os braços e ir em frente. É pouco, muito pouco, mas...
Um abraço
Augusto Küttner de Magalhães
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