"O Monge e o Executivo - uma História sobre a Essência da Liderança", de James C. Hunter, "marcou-me por ser um livro simples e ao mesmo tempo fascinante. Ele lê-se como um romance, anota-se como um compêndio e recorda-se como um estímulo", disse Vítor Melícias referindo-se a esta obra como "um convite à humanização do líder". Com uma diversidade e pluralidade de áreas de saber, Melícias, escolhe esta obra dentro do universo da gestão por "ser um apelo muito esclarecido, transmitido de uma forma muito agradável, àquilo que são os valores de uma verdadeira liderança". De facto esta historiazinha está muito bem concebida", diz o padre Franciscano acrescentado que a historia fala de um empresário de sucesso, Leonard Hoffman, que se retira para a solidão de um mosteiro beneditino e que se encontra num "cru cilho" de vida e gestão com um grupo diversificado de pessoas. Todos juntos fazem uma reflexão partilhada sobre aquilo que é ser um líder.
Licenciado em Direito Canónico, em Roma, como bolseiro da Fundação Gulbenkian e com licenciatura também em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, Melicias que tem vindo a ocupar ao longo do seu percurso diversos cargos de gestão, como a Presidência da União das Misericórdias Portuguesas ou a Presidência do Conselho de Administração do Montepio Geral/Caixa Económica de Lisboa , afirma que "um líder não deve ser apenas um executor de normas. Deve ser um agente de princípios e de valores transmitidos com realismo em funções das situações concretas e dos tempos em que as pessoas se encontram."
A ideia básica de que a gestão é também um acto de serviço feito com amor é muito importante para este padre gestor que se refere a esta obra como um marco de respeito co-responsabilidade." Concluindo Melicias afirma que "Um gestor tem que ter além da ciência a arte da gestão. Há muito de intuitivo. Há muito, no fundo, daquilo que este livro induz que é o sentido do serviço feito com amor pela realidade total". Isto tudo porque "um gestor não é só aquele que sabe fazer. É aquele que sabe criar espaço para que se faça."
Esta partilha foi publicada a 23 de Dezembro de 2006 na rubrica "Ideias em Estante", caderno Economia do jornal Expresso.