Convidado: Rogério Carapuça
“
Why Should Anyone Be Led by You?: What It Takes To Be An Authentic Leader” (2006) de
Robert Goffee e
Gareth Jones é o livro escolhido por
Rogério Carapuça, Doutor e Mestre em Engenharia Electrotécnica e Computadores (IST). Para Carapuça este livro apresenta uma questão central, que está relacionada com o facto de a liderança não ser apenas sobre “atingir objectivos”; mas sim sobre a capacidade de transmissão (por parte dos líderes) de qual o caminho necessário para atingir determinado objectivo. Para o presidente na Novabase, esta obra coloca ainda outra questão, “que é do meu ponto de vista mais profunda, que é o facto da liderança estar relacionada com a atribuição de significado às acções.” O professor exemplifica: “O objectivo de facturar mais X milhões de euros - em si só - é apenas um objectivo numérico, não é uma causa. Não tem significado. Portanto a liderança está mais relacionada com a atribuição de significado a esses objectivos. Com o fazer com que as pessoas passem a encarar o seguimento desses objectivos como uma causa, como uma coisa que é importante – não só para a vida deles mas para um determinado contexto social.” Entre os inúmeros exemplos da “tese” defendida nesta obra, Carapuça destaca a matriz criada pelos autores “ que esta relacionada com a autenticidade da liderança e as capacidades que o líder tem ou não tem”. Segundo o professor, “existem algumas capacidades que o líder tem que ter – que são capacidades quase “técnicas”; e, existe ainda a outra dimensão, que é a dimensão da autenticidade.” Na matriz desenvolvida por
R.Goffee e
G.Jones temos 4 tipos de liderança. “A pessoa que tem muito conhecimento técnico mas que é pouco autêntica - o “homem mecânico”; a pessoa que é muito autêntica mas não tem competências para ser líder; o indivíduo que não tem competência nem autenticidade; e o melhor: o indivíduo que tem competências e é autêntico.” Como Carapuça conclui: “Daí resulta a chave frase do livro: “o líder deve ser mais ele próprio – autêntico – com competências””.