Sábado, 28 de Outubro de 2006
Livro - "Revolutionary Wealth"
Expresso/ 28.10.06/ Ideias em Estante
"Revolutionary Wealth" de Alvin e Heidi Toffler, Alfred A. Knopf, 492 páginas. Será editado, em Portugal, pela Actual Editora
Como será criada a riqueza amanhã? Quem é que a obterá e como? Qual a
definição de "riqueza"?
Em Revolutionary Wealth, a muito esperada obra de Heidi e AlvinToffler, o "casal da terceira onda", autores de da trilogia Future Shock (1970), The Third Wave (1980) e Powershift (1990), são apresentadas algumas perspectivas "futuristas" sobre a criação – e, o conceito - da riqueza.
Para os Toffler a riqueza do século XXI " não é apenas sobre dinheiro". A riqueza é um conceito amplo que envolve tudo e todos. Por exemplo: já pensou que realiza muitas actividades (não
monetárias/financeiras) que podem gerar riqueza? Usando a terminologia dos autores, sabia que pode ser um "prosumer"?
Com um estilo muito próprio, os Toffler dão nesta obra continuidade aos seus trabalhos anteriores e apresentam uma perspectiva muito pessoal (e, interessante) sobre a criação da riqueza. " Este livro é sobre o futuro da riqueza, visível e invisível", dizem.
Sábado, 14 de Outubro de 2006
"O Livro que me Marcou" - Graça Almeida Rodrigues
“Happiness - Lessons From a New Science” (2005), de Richard Layard, director co-fundador do centro da London School of Economics for Economic Performance, é a obra escolhida por Graça Almeida Rodrigues, professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa e directora do CIDESC - Centro Internacional dos Direitos Económicos Sociais e Culturais.
Segundo Almeida Rodrigues “O que me surpreendeu nesta obra foi o facto de estarmos perante economistas que falam de felicidade”. Uma abordagem económica sobre um assunto social, que está “cada vez mais encima da mesa” nos países desenvolvidos. Citando o autor, a professora refere que “nos últimos 50 anos os rendimentos quase que triplicaram enquanto que os níveis de felicidade ou se mantiveram estáveis ou desceram (e, isto sobretudo nos Estados Unidos e em Inglaterra)”.
Almeida Rodrigues, que considera esta obra muito estimulante e oportuna, acrescenta que “ a economia tem que servir os cidadãos e dar-lhes uma qualidade de vida que contribua também para a estabilidade social. E, isso particularmente na era da globalização em que as diferenças entre ricos e pobres estão a aumentar.” Consciente das dificuldades inerentes à medição da “felicidade”, Almeida Rodrigues afirma que este livro consegue apresentar factores quantificáveis que ajudam a medir uma nova área vanguardista do saber – a Felicidade. “O acesso ao trabalho, à saúde, à justiça, à educação, à habitação” são alguns dos factores enumerados por Layard, que é reconhecido por ser um economista expert em Trabalho, Desemprego, Politicas da Educação e Felicidade. Sobre os ensinamentos deste livro, a directora do CIDESC diz que “ já estabeleci, por exemplo, a relação entre os factores de que o autor fala e os direitos humanos, em particular os direitos económicos, sociais e culturais”.
Esta partilha foi publicada a 14 de Outubro de 2006 na rubrica "Ideias em Estante", caderno de Economia, jornal Expresso