“The Future of Law: Facing the Challenges of Information Technology”, de Richard E. Susskind (Oxford UP 1996) é um dos livros que mais marcou Agostinho Pereira de Miranda, licenciado pela Faculdade Direito da Universidade de Coimbra e pós-graduado em Direito Comparado pela Southwestern Legal Foundation da Universidade do Texas. Para este advogado do “mundo dos petróleos” – que trabalhou seis anos na “Gulf Oil Corporation” e na “Chevron Overseas Petroleum Inc.”, nos Estados Unidos, sendo responsável pelos aspectos legais das operações em Angola, Brasil e Zaire; e, que hoje preside um escritório com fortes ligações internacionais, entre elas, ao Continente Africano (nomeadamente a Angola) – este livro “trata-se de um ensaio sobre o impacto da tecnologia na Administração da Justiça”. Da autoria do assessor de novas tecnologias do Lord Chief Justice de Inglaterra, esta obra “ensinou-me fundamentalmente duas coisas. A primeira: o profundo impacto que as tecnologias de informação têm na administração da justiça de tal jeito que mudaram, e continuarão a mudar, o próprio paradigma da prática da advocacia; e, da forma como se julga e como se administra a justiça, designadamente nos tribunais. Mas ainda mais importante, o livro mostra como o aumento de inter conectividade cria novas responsabilidades éticas e sociais para os agentes da justiça.”
Segundo este consultor (World Bank, USAID, OPIC), que é membro de inúmeras organizações internacionais, o papel dos advogados passa por acompanhar a inovação tecnológica mas ao mesmo tempo garantir os valores éticos da profissão, que “são de sempre”. Tudo isto – e, utilizando um dos apelos do livro - para que a “justiça deixe de ser remota, hostil e difícil de compreender para os seus utilizadores.”