Com um título que dificilmente seria mais irreverente “
Punk Marketing: Get Off Your Ass and Join the Revolution”, a nova obra de
Richard Laermer, que foi escrita a quatro mãos com o também consultor de marketing
Mark Simmons, pretende levar os profissionais de marketing a agirem perante o consumidor. Como o ex-director de Relações Públicas da Columbia University's Graduate Business School (Nova York) e ex-jornalista explicou “ Nós decidimos lançar este livro porque nos apercebemos, há um ano e meio, que todas as pessoas que conhecíamos a trabalhar na área do Marketing estavam bastante insatisfeitas com a forma como estavam a trabalhar. Isto porque consideravam que estavam a fazer a mesma coisa vezes sem conta.
Ninguém estava realmente inspirado ou mesmo a trabalhar.
Bastante afirmativo durante toda a conversa sobre este novo livro, Laermer, que é autor de cinco obras consideras bestsellers, entre elas a premiada
“Full Frontal PR: Getting People Talking About You, Your Business, or Your Product” (Bloomberg), disse peremptoriamente que “O que queremos é que as pessoas que trabalham na área do marketing olhem para as alternativas que podem mudar a sua forma de trabalho.” A pensar nessa ajuda, “o que fizemos foi escrever um manifesto com 15 pontos (em que no último o leitor é que define), que basicamente mostra às pessoas todas as coisas que devem fazer se quiserem obter sucesso hoje. Na base de tudo isto está a ideia de que se não mudar, se não se tornar punk, vai sair do mercado.”Critico em relação a algumas empresas, que uma vez que têm um consumidor pensam que já não têm que fazer nada por ele, Laemer afirma que um dos objectivos do livro é também provar que isso está errado e que os profissionais de marketing devem apreciar cada consumidor como se fosse um novo consumidor.
Descortinando este livro que acaba de entrar no mercado, Laemer, afirma que uma das conclusões desta obra “é que a maioria das pessoas está a fazer apenas o que tem que fazer e não está a prestar atenção ao comportamento do consumidor. Por isso tentamos, neste livro, mostrar às pessoas que tudo tem que mudar – alguns têm que recomeçar do princípio, do primeiro dia, como se nunca tivessem feito marketing antes. Em vez de fazerem todos estes anúncios na TV e em vez de gastarem todo esse dinheiro, uma das formas de serem bons profissionais é serem tão criativos como agressivos na forma de agirem perante o target. É importante falar com as pessoas que fazem parte do nosso target, envolvê-las e descobrir o que gostam e o que não gostam; saber o que as torna felizes e o que as torna tristes.”
Terminando a entrevista com uma gargalhada este punk do mundo do marketing fala, citando como exemplo, a estratégia da “tradicional” Procter & Gamble em Israel. “ Eles entraram lá no ano passado e queriam vender detergente em comunidades que não viam televisão nem liam jornais. O que eles fizeram foi colocar camiões com máquinas de lavar lá dentro e mostrar – literalmente mostrar – o quão bem o detergente funcionava.” “Isto é do mais punk que existe!”, conclui.