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Há cerca de dois meses passei, com um olhar discreto, daqueles que não cativam as vendedoras, por uma loja. Estava nas Amoreiras. Em Lisboa. Era um Sábado. E (já tarde) parei para ver as ilustrações de um livro. De uma obra que, ali, em frente a mim, ganhava um novo brilho (tal era a potência do reflexo das luzes na vitrine da dita loja do "shopping center"). Parei.
Com um olho meio aberto; e o outro completamente fechado; típico de quem está a sonhar chegar a casa, observei. A imagem, essa, a dita que ali me abandonara aos olhos de todos, dos poucos que ali passavam, aquela hora, só podia ser forte. Era uma dessas imagens de uma coletânea de páginas que, não sendo soltas, me levam ao grito da liberdade, quando, tantas vezes em silêncio, as devoro. Estava em frente a um livro. "o filho de mil homens".
De súbito.... olhei e dei por mim a mergulhar numa terrina. Sim, numa terrina. Numa dessas peças que servem para servir sopa, guisado ou mesmo ensopado. Logo pensei: que peça!
E não é que era mesmo! O autor da obra literária: Valter Hugo Mãe. O autor da ilustração: João Vaz de Carvalho.
Dois bons nomes que me fizeram ficar ali parada a contemplar uma peça, uma ideia, um rasgo de marketing. Livros com autores, com artistas e com a dita marca.
O resultado?
Fantástico.
ps: apesar de não ter comprado fiquei a imaginar as personagens do livro enroladas dentro da terrina a salpicarem -se com gestos de amor. Subi, sem dúvida, mais um degrau a caminho do conhecimento do Crisóstomo. Com ou sem família inventada.
E TUDO ISTO para vos anunciar a nova peça - desta vez uma jarra - de mais dois autores. Grandes.
In press-release.
"Mia Couto e Roberto Chichorro, dois vultos da cultura moçambicana, são os autores da segunda peça da colecção da Vista Alegre “1+1=1” – um projeto inovador e arrojado da marca centenária de porcelanas portuguesa, em que um criador oriundo das mais diversas áreas culturais e um artista plástico se juntam, nascendo desse diálogo uma peça exclusiva da Vista Alegre.
“Mar Me Quer” foi a obra literária que o escritor Mia Couto escreveu em 1998 e que quis imortalizar nesta coleção da Vista Alegre Atlantis. Para transpor a barreira das palavras e para traduzi-las para a arte em porcelana Mia Couto contou o apoio do pintor moçambicano, Roberto Chichorro.
Assim nasceu a segunda peça da colecção “1+1=1” – a jarra “Mar Me Quer”, uma peça de notável valor artístico, e de edição limitada a 1000 exemplares, que é acompanhada por uma edição especial do livro que lhe serviu de mote e inspiração, reeditado exclusivamente para a Vista Alegre pela Caminho, com ilustrações de Chichorro.
“Curioso como as artes confundem fronteiras e se confundem nas fronteiras inventadas por outros. Quando escrevi a novela ‘Mar Me Quer’ fui visitado por canções e pinturas de outros artistas. O que se passa agora, mais do que uma década depois da publicação de ‘Mar Me Quer’, é que a criação e a criatura de Chichorro para a Vista Alegre se materializaram na minha escrita e vieram vestir um corpo que era feito apenas de palavras. Agradeço à Vista Alegre pela iniciativa. E agradeço ao Chichorro pelo diálogo e cumplicidade”, diz Mia Couto a propósito desta peça.
Chichorro segue-lhe o raciocínio e responde: “Nunca tinha pensado nas artes a confundir fronteiras, como diz, com toda a razão, Mia Couto. Penso que as artes desfazem fronteiras.”
A jarra “Mar Me Quer” encontra-se disponível na rede de lojas nacional da Vista Alegre Atlantis. O seu preço é de 170 euros.
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