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Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012
Nem a Carochinha escapa à "Poupança"

No mundo dos livros o título “Poupança” está por todos os lados! E nem o conto da Carochinha, o dos três Porquinhos ou o do Sapo e da Princesinha escapam. Da realidade para a ficção o tema voa alto para tentar persuadir miúdos e graúdos à tão desejada poupança. E se o recém -editado livro “Era uma vez no Mundo da Poupança... “ termina com “Já sabes, se aprenderes a poupar os teus sonhos poderás concretizar!”, já o “Noddy e o Dinheiro Desaparecido” está a sofrer tanta procura... que se encontra esgotado. Ainda no mundo infantil mais duas sugestões: “O Nosso Dinheiro -Onde? Como? Porquê?”, de Angela Weinhold e “A crise explicada às crianças”, de João Miguel Tavares.

“A Poupança no Feminino -Para uma vida sem preocupações financeiras”, de Ruth Hayden é outro dos títulos que anda de mão dada com “234 Receitas Para Robôs de Cozinha - O livro de culinária que ajuda a poupar tempo e dinheiro”, de Sónia Pereira e com “Cozinha Para Quem Quer Poupar”, de Mafalda Pinto Leite

E como é “No poupar é que está o ganho!” ( Paulo Ferreira), são cada vez mais as obras que funcionam como “Manual da Poupança “ (João Barbosa e Ricardo Ferreira) para sentir que “Poupar é Ganhar!” ( Miguel Patrício). E se tudo começou com “O seu primeiro Milhão” (Pedro Queiroga Carrilho), hoje, até nos títulos, a ambição parece mais pequena. O que todos querem? “Garantido em 30 Dias: Dinheiro” (Caro Handey).Mas – e como esse não cai do céu – fica ainda a sugestão de “As 9 Decisões Financeiras da sua Vida

Guia para lidar bem com o seu dinheiro”, de Moshe A. Milevsky , A Poupança em Portugal - Que Futuro?”, de António Sousa Franco e o Guia de Poupança Fiscal, de Pedro Cruz.

 

Num registo diferente, mas que também aborda na primeira pessoa a poupança, leia “O Homem Sem Dinheiro”, de Mark Boyle.

 

“Assim, é a história da Dona Austeridade e da menina Constança, que não deixou de sonhar, e foi piscando com esperança o olho àquela voz que não mais a assusta!” (in “Era uma vez no mundo da poupança…”).

 

To be continued





 

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publicado por Mafalda Avelar às 11:22
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"Portugal Surf Guide" (Surf na onda da Economia)

Conheça as melhores praias portuguesas no "Portugal Surf Guide" (edição bilingue), de António Pedro Sá Leal e Francisco Cipriano. (Uzina Books)
António Sá Leal aborda, também, a importância do Surf para a economia na "Ideias em Estante" (16 de Outubro de 2012).

 

 

 

 

OUTROS livros sobre o TEMA:

 

"Tanto Mar", de Pedro Adão e Silva e João Catarino

 

 

 

Vídeos sobre o Mar:

 

Economia do Mar : Miguel Marques, especialista em Economia do Mar, apresenta conceitos e dá respostas.

Tony Castro, arquitecto de luxo de embarcações, participa também neste vídeo.

 

"O Navio mais valioso que está no fundo do mar é português", afirma Pires Coelho, analista de mercados financeiros e considerado "o analista mais certeiro", em 2010, pelo Económico.

Pires Coelho é autor de "O segredo da Flor do Mar".

 

 

 

 

 

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publicado por Mafalda Avelar às 10:23
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Vídeo entrevista a David Dinis, co-autor de "Resgatados"

"Resgatados - Os bastidores da ajuda financeira a Portugal" (Esfera dos Livros) é o livro em análise na "Ideias em Estante" de 23 de Outubro de 2012.


David Dinis e Hugo Filipe Coelho são os autores da obra.

 

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publicado por Mafalda Avelar às 09:36
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Sexta-feira, 26 de Outubro de 2012
"Sem crescimento não há consolidação orçamental” + Top Económico

Livro em destaque

 

“Sem crescimento não há consolidação orçamental” (Sílabo), de Emanuel Augusto dos Santos

 

Livro desmascara “mitos” económicos. Com números. Peso do Estado, finanças públicas e programa de ajustamento são alguns temas abordados

 

 

"Vivemos com o mito excessivo da despesa pública. E o que nós temos é um problema de crescimento económico" afirma, em entrevista, Emanuel Augusto dos Santos, autor de "Sem crescimento não há consolidação orçamental - Finanças Públicas, Crise e Programa de Ajustamento" (Sílabo).

Para o autor, que procura neste livro "dar uma visão, uma perspectiva, que não mate a esperança no futuro com o peso dos erros do passado", tal como refere, usando as palavras do autor, Teodora Cardoso, na introdução desta obra, existem muitos mitos económicos na nossa sociedade, que estão errados. Um deles é o do peso do Estado. O outro o das gorduras. Mas há mais: o peso das PPP´s ou mesmo o mito/ideia de que sem se reduzir o défice e equilibrar as finanças públicas não se pode crescer.

" A ideia que existe é que se tivermos as finanças públicas equilibradas, temos um crescimento sustentado e saudável" afirma o autor, acrescentando que "teoricamente até se pode tal demonstrar; mas historicamente, como Paul Krugman demonstra e Keynes dizia, "no longo prazo estamos todos mortos".

Por exemplo, diz, "o problema fundamental do agravamento do défice em 2009 não foi tanto o aumento da despesa, mas a queda da receita fiscal, que caiu 14%. E a nossa derrapagem orçamental este ano é, mais uma vez, uma derrapagem muito forte do lado da receita". Questionado sobre "O que se pode fazer para evitar esta queda?", a resposta é pronta:"outra política orçamental e económica".

O que está a faltar?

"Está a faltar economia! Há uma orientação unilateral da política económica ao nível da Europa; isto faz parte do pensamento económico ortodoxo e dominante na Europa, que consiste em considerar que toda a despesa é má. Temos, portanto e segundo este pensamento, que cortar na despesa". "Repare", acrescenta, " os alemães estão a cortar na despesa; e, isso é trágico para as economias periféricas. Os alemães deviam estar a consumir mais. "Pior", conclui, "estão a prejudicar as economia periféricas porque agravam a nossa competitividade ao congelarem e baixarem os seus salários. O que seria necessário? "A europa precisava de ter outra política, financiada ao nível central, para grandes projectos europeus. Sabe porquê? Isso ajudava a economia mas também ajudava a coesão e o sentimento de ser europeu."

De forma didáctica, organizada e usando uma linguagem acessível, o autor, que é professor, economista e que foi Secretário de Estado do Orçamento do Governo anterior, prova o que afirma. Por exemplo, sobre os gastos do Estado diz que "Os gastos do Estado (G) representam entre 15 a 20% da despesa. Sendo que a maior parte dessa percentagem são salários. O resto é redistribuído em forma, fundamentalmente, de pensões".

Ou seja , e como escreveu esta semana João P. e Castro, num artigo de opinião denominado" Tudo o que sempre quis saber sobre as contas públicas mas teve vergonha de perguntar" (in Jornal de Negócios), "47% da chamada despesa pública de 2011 consistiu em transferências, ou seja, redistribuição de recursos que o Estado opera de uns cidadãos para outros, incluindo pensões e outras prestações sociais. Não é pois verdade que o Estado se aproprie de metade da riqueza do País, visto que metade dessa metade é devolvida às famílias". Nesse artigo, totalmente - e reconhecidamente - inspirado no livro "Sem crescimento não há consolidação orçamental", o autor refere ainda mais "falsidades" que correm o País. Entre elas, escreve "desmentindo a ideia de que as metas acordadas com a União Europeia nunca se cumpriram, os objectivos dos PECs entre 2006 e 2008 foram sempre confortavelmente atingidos, sem recurso a receitas extraordinárias, no que respeita a receitas, despesas, défice e dívida pública."

Podendo, ou não ,concordar com tudo o que o autor escreve (e com algumas interpretações), o facto é que este livro funciona como um manual sobre o actual estado financeiro português. Como chegámos até aqui? Porque estamos neste estado? Qual a evolução ao longo dos últimos anos?

"A presente obra fornece-nos um exame muito completo sobre o que foi a evolução das finanças públicas em Portugal durante os últimos 30 ano, com especial incidência sobre o período posterior a 2005, quando mudou a cor política do Governo", escreve Silva Lopes na contra capa deste livro. Já Teodora Cardoso conclui o prefácio agradecendo ao autor a discussão de "um tema tão importante para o País com uma visão de longo prazo e numa óptica desapaixonada em termos partidários".

 

 

 

Emanuel Augusto dos Santos Economista pelo ISEG e mestre em Economia pela Universidade Nova, Emanuel foi professor em ambas as instituições. Secretário do Estado Adjunto e do Orçamento entre 2005 e 2011, o autor é, hoje, consultor do Banco de Portugal.

 

 

 

A reter

 

Já está à venda

 

"Ultimato - o antes e depois do 15 de Setembro" (Oficina do Livro), de Rui Moreira;

 

"Lisboa - a guerra nas sombras da Cidade da Luz" (Presença), de Neill Lochery , deu origem a uma exposição de fotografia, patente na Câmara Municipal de Lisboa

 

Vasco Graça Moura celebra 50 anos de carreira literária

 

 

TOP Económico

de 15 a 21 de Outubro de 2012

 

1

Resgatados

David Dinis e Hugo F.

Coelho/Esfera dos Livros

 

2

O Banco- Como a Goldman Sachs dirige o Mundo

Marc Roche/Esfera dos

Livros

 

 

3

Acabem com esta crise já!

Paul Krugman/Presença

 

4

Gestão das Organizações 2º.ed

Sebastião Teixeira/Verlag Dashofer

 

5

SNC - Sistema de Normalização

V.A/Porto Editora

 

6

Keynes/Hayek - O Confronto que definiu a Economia Moderna

Nicholas Wapsshott/Dom Quixote

 

7

O Livro das Decisões

Mikael e Roman Tscha/Marcador

 

8

Steve Jobs

Walter Isaacson/Objectiva

 

9

Economia 19 ed

Samuelson/ Mc Graw Hill

 

10

Quanto é suficiente?

Robert e Eduard Skidelsky

 

 

 

 

 

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publicado por Mafalda Avelar às 17:16
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Sexta-feira, 19 de Outubro de 2012
"Portugal tem economistas maravilhosos", afirma o NOBEL Alvin Roth; Conheça Marilda Sotomayor. A brasileira co-autora de Alvin

 

 

 

 

Este post está, também, publicado no blog Livros e Ecolemomanias

 

 

Referiu, em entrevista telefónica, quando soube que tinha sido galardoado com o Nobel de Economia que “a economia é sobre a vida….”. De que forma?

Alvin: Os economistas estudam a forma como as pessoas fazem escolhas. E procuram saber quem é que ganha o quê. E como é que a coordenação e a cooperação moldam os resultados da vida.

 

A teoria de jogos é dentro desse contexto importante para e entender a vida…?

Alvin: A teoria de jogos estuda como é que “as regras do jogo” influenciam os resultados … de forma a que isso nos ajude a estabelecer regras que nos serviam bem.

 

Qual é a sua visão sobre a actual crise financeira?

Alvin:Eu sou um microeconomista, não um macroeconomista. Por isso não tenho uma visão profunda, com conhecimento de causa, da crise financeira. Mas é claro que muitos mercados financeiros deverão precisar de regras diferentes, na medida que um maior número de instituições, que não são denominadas de bancos ou de companhias de seguros, comecem a trabalhar com as mesmas funções (ainda que não reguladas)

 

Conhece Portugal?

Alvin: Nunca estive em Portugal, mas existem economistas portugueses maravilhosos...

 

Tais como?

Alvin: Não sei se “serem de língua oficial portuguesa” conta, mas a melhor professora brasileira de teoria de Matching  é a Marilda Sotomayor. A Marilda foi minha co-autora, em 1990, no meu livro sobre Matching.

Advinho que Miguel Costa Gomes seja português, apesar de ensinar em Inglaterra. Em Portugal, existe um bom grupo de teóricos de matching (matching theorists) em Lisboa, onde se inclui a Joana Pais.

 

 

Este texto resulta de uma troca de e-mails com o Professor Alvin Roth, que foi galardoado, juntamente com Lloyd S. Shapley, com o Nobel de Economia 2012.

 

The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2012 was awarded jointly to Alvin E. Roth and Lloyd S. Shapley "for the theory of stable allocations and the practice of market design" 

 

 Alvin Roth    Shapley.jpg Lloyd S. Shapley

 

 

 

Conheça o Nobel

Saiba qual foi a reacção de Alvin Roth ao "prémio"

Alvin é autor do blog: Market Designer

 

 

 

--

O Económico foi atrás dos nomes referidos pelo Nobel.

 

Marilda Sotomayor, co-autora, com Alvin Roth, do famoso "Two Sided Matching", falou com o Económico e não nega que "Houve essa confusão (quanto à autoria da equivalência dos algoritmos) na literatura e ainda há."

 

 

Sente alguma injustiça nos “louvores”? Por exemplo quando diz ¨Embora o Alvin cite o nosso trabalho em seu artigo, houve uma confusão sobre isso, e se acreditou que Alvin tivesse sido quem tivesse descoberto a equivalência dos algoritmos.”

 

Marilda: Não. Houve essa confusão na literatura e ainda há. Mas o mérito não é meu, e sim do Gale. Tenho as correspondências travadas sobre esse assunto entre Gale e o coordenador do NRMP em 1976. Além do livro escrevi vários artigos com Alvin Roth quando ele trabalhava em Pittsburgh. Ele me enviou um e-mail dizendo: Congratulations to you too! I shared with you much of my work! A ida dele para Harvard foi um passo à frente. Lá ele formou uma escola e seus alunos estão por aí fazendo sucesso e trabalhando em matching. O prêmio foi merecido. Por meu lado, nunca tive a pretensão de almejar ganhá-lo. Sei que dei e continuo dando uma boa contribuição à teoria dos matchings. Mas, como matemática, sigo a linha do Gale: faço teoria. Alvin se dedicou às aplicações, que são importantes na Economia.

 

O Brasil deu-lhe o apoio  cientifico que precisou? Teve que se juntar a vozes americanas?

Marilda: No Brasil trabalhei 25 anos no Departamento de Matemática da PUC/RIO. Quando percebi que nunca teria alunos, pois não me era permitido ensinar cursos na minha área, mudei-me para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, para o Departamento de Economia. De lá vim para a USP/SP onde estou até hoje.Sou sozinha na minha área em todo o Brasil. Assim, por diversas vezes usei bolsas de pós-doutorado das instituições de fomento brasileiras para visitar por um período longo bons centros estrangeiros. Dessa forma construí a minha carreira e consegui atingir a minha meta, que era ser eleita Fellow da Econometric Society. Isso aconteceu em 2003 ( Dez anos antes tinha sido eleita Fellow da Guggenheim). Agora estou no lucro! 

   O problema que encontro no Brasil é de que matching é uma área muito matematizada e isso não agrada aos nossos economistas. Por outro lado, teoria dos jogos não é ensinada nos Departamentos de Matemática das Universidades brasileiras, em geral. Assim é que fica impraticável atrair alunos para um doutorado em matching. Esse cenário é diferente em Harvard, onde os alunos de Economia têm um bom background em matemática. 

 

 

Tem raízes portuguesas? Se sim, de onde?

Marilda: A família da minha mãe é de origem portuguesa. Não sei de onde. Os bisavós de minha mãe eram fazendeiros de café em São Paulo. O meu nome, Sotomayor, é do meu marido que tem ascendência espanhola.

 

 

 

Tomo,agora, a liberdade de transcrever o conteúdo da mensagem trocada com a Professora Marilda Sotomayor

 

 

"Segue abaixo o material que tenho enviado aos jornalistas", Marilda.

 

A que tipo de mercados esse modelo de matching pode ser aplicado? Apenas naqueles que não obedecem às leis de mercado mais tradicionais, de oferta e procura? 

Os mercados de matching dois lados, como são chamados em meu livro con Alvin, envolvem dois conjuntos finitos e disjuntos de agentes, tais como compradores e vendedores, firmas e trabalhadores, universidades e estudantes, médicos e hospitais, etc. Os agentes de um lado querem fazer parcerias com os agentes do outro lado. e então realizar alguma atividade. Um matching é um conjuto de tais pares. Quando a atividade gera renda, esta é dividida entre os parceiros da forma que eles concordarem. A noção chave é a de estabilidade, sinônimo de equilíbrio cooperativo. Mercados de matching de oferta e procura são competitivos. O equilíbrio competitivo é estável, mas nem todo equilíbrio cooperativo é competitivo.

 

Foi o dr. Roth o primeiro a aplicar o modelo de Shapley-Gale na prática, observando que a estrutura que orientava o NRMP obedecia basicamente aos seus princípios? Ou ele já era claramente inspirado no modelo de Shapley?

Não. O NRMP foi desenvolvido em 1951. Em 1962 Gale e Shapley formularam matematicamente o primeiro modelo de matching. Em 1976 Gale descobriu que o algoritmo Gale-Shapley apresentado no seu artigode 1962 era o mesmo usado pelo NRMP. Isso foi tornado público em nosso primeiro artigo em conjunto, escrito em 1983 e publicado em 1985: Some remarks on the stable matching problem, publicado numa revista de matemática, a Discrete Applied Mathematics. Enviamos uma cópia de nosso artigo para o Alvin, que escreveu um outro artigo sobre o NRMP e consegiu publicar um ano antes de nós, numa revista de economia. Embora o Alvin cite o nosso trabalho em seu artigo, houve uma confusão sobre isso, e se acreditou que Alvin tivesse sido quem tivesse descoberto a equivalência dos algorítmos.

 

O desenho de mercados é apenas uma das aplicações da teoria do matching?  

Sim. O desenho de mercados pode aplicar a teoria de matchings quando o mercado é um mercado de matching. No entanto, a idéia de desenhar um mercado para melhor entendê-lo pode ser aplicada a qualquer mercado.

 

O trabalho realizado por Roth em relação ao sistema de transplantes nos Estados Unidos é um exemplo de desenho de mercado?

Sim

 

Na justificativa do Nobel, eles falam sobre a aplicação desse conhecimento na área da internet e de leilões de anúncios. A senhora conhece algo sobre essa relação?

Como disse acima, desenho de mercados tem uma ampla aplicação. Aqui no Brasil existe um mercado de economistas e centros de pós graduação, chamado mercado da ANPEC. Em 2005 escrevi, em co-autoria com Felipe Bardella, um aluno meu de mestrado, um trabalho em desenho de mercados, que estudava o mercado atual da ANPEC com vistas a entender melhor a estrutura do mercado, detectar e explicar as suas falhas e propor soluções. Não conseguimos publicar o trabalho por que as revistas brasileiras desconhecem que desenho de mercados é uma área de aplicações à Economia. A tese de mestrado de um de meus alunos, Gustavo Andrey, versa sobre desenho de mercados aplicado ao mercado de escolha de escolas públicas de primeiro grau no Estado de São Paulo; Marina Gontijo, outra minha orientanda de mestrado, escreveu sua tese de mestrado sobre o mercado de vestibular.

 

O material abaixo foi enviado para vários jornalistas.

 

O prêmio que Alvin Roth e Lloyd Shapley receberam é sobre matching, e a importância de maching para a Economia é que Economia é sobre a vida real e matching tem inúmeras aplicações à vida real. Através dessa teoria, vários mercados têm sido melhor entendidos, o que tem ajudado na sua organização.

A teoria dos matchings estáveis foi introduzida por David Gale e Lloyd Shapley em 1962, com o artigo “College admissions and the stability of marriage”.  Um conjunto de estudantes é para ser alocado a um conjunto de universidades. Os participantes de um conjunto têm preferências sobre os participantes do outro conjunto. Cada universidade tem uma cota, que representa o número máximo de estudantes que pode admitir. O modelo resultante é chamado de “college admission model”. Quando a cota de todas as universidades é um, obtemos o “modelo do casamento”. A idéia do matching estável é a de uma alocação dos estudantes para as universidades tal que um estudante não possa ser alocado a mais de uma universidade, o número de estudantes alocados a uma universidade nunca ultrapasse a cota dessa universidade e não exista uma universidade e um estudante, que não estejam associados pelo matching, mas tal que o estudante prefere a universidade àquela para a qual foi admitido e a universidade prefere o estudante a algum dos estudantes que admitiu.

Gale e Shapley provaram a existência de machings estáveis através de um algorítmo simples, que partindo das preferências dos participantes chega, num número finito de etapas, a um matching estável.

A teoria dos matchings estáveis tem evoluído desde o artigo de 1962 e o conceito de matching estável tem se estendido para mercados com preferências mais complexas e em que os participantes de ambos os conjuntos podem formar mais de uma parceria. O algoritmo de Gale e Shapley tem encontrado inúmeras aplicações na vida real, em mercados não somente de escolas e estudantes, mas também em mercados de distribuição de médicos e hospitais nos Estados Unidos e Grã Bretanha.

Em 1972, Shapley e Shubik introduziram o “assignment game”, incorporando uma variável monetária no modelo do casamento. Inúmeras variações desse jogo têm sido criadas e estudadas amplamente. Os modelos são mais adequados para representar mercados de trabalho no nível de contratação e mercados de compradores e vendedores.

           

Um dos ramos da teoria de matchings aplicada à Economia, que tem sido objeto de estudo de inúmeros pesquisadores, é o Desenho de mercados. Este é um campo de pesquisas que busca entender melhor os detalhes relevantes das regras do Mercado em estudo, para que possamos ajudar na sua organização ou a consertá-los quando eles quebram. Embora Gale e Shapley não tenham se dado conta, eles escreveram o mais antigo artigo sobre desenho de mercados. O livro "Two Sided Matching", de minha autoria junto com A. Roth, publicado em 1992, dá uma idéia do desenvolvimento da teoria desses tipos de mercados nos seguintes 30 anos ao artigo de Gale e Shapley.

Alvin Roth também tem trabalhado em Experimentos Econômicos. A idéia é conduzir experimentos, trazendo a Economia para o laboratório ou criando condições controladas que nos permitam entender melhor o que estamos vendo em circunstâncias menos controladas.

Alvin criou uma escola em Harvard e seus inúmeros alunos estão por aí, fazendo sucesso em matching! Shapley devia ter ganhado o prêmio junto com Aumann em 2005. Deu uma notável contribuição à teoria dos jogos cooperativa, incluindo o famoso “valor de Shapley”, um conceito de solução cooperativo, caracterizado por meio de um conjunto de axiomas razoáveis, que oferece um índice para medir, em certo sentido, o poder dos jogadores em um jogo.  

 

 

 

Leia mais sobre o tema na "Ideias em Estante", coluna publicada, às sextas-feiras, no Económico.

 

Conheça qual o livro que lidera o TOP Económico, qual o lançamento editorial da próxima semana e o perfil de Paulo Pamplona Côrte-Real, aluno de Alvin Roth, em Harvard, Universidade onde tirou o PHD.

 

 

 

publicado por Mafalda Avelar às 00:00
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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012
TOP Económico. O livro "Resgatados" continua a liderar

1.

Resgatados

David Dinis e Hugo F.

Coelho/Esfera dos Livros

 

(Vídeo entrevista a David Dinis disponível a partir de dia 22 de Outubro)

 

2.

O Banco- Como a Goldman

Sachs dirige o Mundo

Marc Roche/Esfera dos Livros

 

(Vídeo entrevista a Marc Roche disponível aqui)

 

3.

Keynes/Hayek

- O Confronto que definiu a Economia Moderna

Nicholas Wapsshott/Dom Quixote

 

4.

Acabem com esta crise já!

Paul Krugman/Presença

 

5.

SNC - Sistema de Normalização

V.A/Porto Editora

 

6

Gestão das Organizações. 2ed.

Sebastião Teixeira/Verlag Dashofer

 

7

O Livro das Decisões

Mikael e Roman Tscha/Marcador

 

8

Pack - Gestão empresarial e casos

V.A/ Lidel

 

9

Desordem Financeira na Europa

George Soros/Presença

 

10

Criar Modelos de Negócios

Alexander e Yves Osterwalder/Dom Quixote

 

O TOP ECONÓMICO apresenta as

obras de Economia e Gestão mais

vendidas em Portugal. É elaborado

com a colaboração da Almedina,

Babel, Barata, Bertrand, Book.it,

Bulhosa e Fnac.

 

É publicado em exclusivo na "Ideias em Estante".






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publicado por Mafalda Avelar às 20:20
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Segunda-feira, 15 de Outubro de 2012
Saiba como Alvin E. Roth ficou a saber que é Nobel."Economics is about real life ...", diz.

 

 

O Mundo conheceu, hoje, o Nobel de Economia 2012, que foi atribuido a Alvin E. Roth e a Llyod Shaple.

 

Leia a entrevista disponível no site do NobelPrize.org. a Alvin E. Roth.

 

"Telephone interview with Alvin E. Roth immediately following the announcement of the 2012 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel, 15 October 2012. The interviewer is Nobelprize.org's Allegra Grevelius" in site.

 

Interview with Alvin E. Roth

( by Allegra Grevelius)

"Economics is about real life ..."

 

Telephone interview with Alvin E. Roth immediately following the announcement of the 2012 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel, 15 October 2012. The interviewer is Nobelprize.org's Allegra Grevelius.

Allegra Grevelius] Hello, is that Alvin Roth?

[Alvin Roth]: It is.

[AG] My name is Allegra Grevelius and I'm calling from Nobelprize.org, the Nobel Prize website.

[AR] Uh, huh.

[AG] I'm sorry to bother you so early in the morning.

[AR] We are already up.

[AG] I expect so. Nobelprize.org has a tradition of recording short interviews with new Laureates and I was hoping that we could have a quick chat now.

[AR] OK, I'm having a little trouble hearing you. Can you speak up?

[AG] Ah yes, right. Of course, I'll speak up.

First of all, congratulations.

[AR] Thank you.

[AG] How do you feel today? How did you feel when you received the news?

[AR] Well, I'm surprised but it is still too early in the morning for me to have more articulated feelings than that. Uh, I imagine that it's going to be a busy day. My phone has already started to ring.

[AG] I understand. Many of Nobelprize.org's visitors are high school students. How would you explain your prize awarded work in layman's terms?

[AR] Well, my prize is about matching and matching is the work that the economy does when deciding for instance which students go to which schools. If they have a choice - so high school students in some cities get matched through a choice system where they submit preferences and the schools have requirements or perhaps preferences also. And some decisions are made about who goes where. And that's what matching is about. It's about who gets what. And um, we try to, in the school choice, we try to make it happen in a way that is sufficient but doesn't, but doesn't send people to schools they would rather swap with other people if the schools would allow them. Um, and if your students are in high school, they are going to go through many matching markets in their lives. They're going to get married, they're going to get jobs, and so, they can think about us then.

[AG] So your work has a lot of practical applications in our lives, school applications, maybe matching kidney donors and receivers. Are you driven as an economist by these questions by applying your theories to real life?

[AR] Yes, economics is about real life, so I'm very interested in that.

[AG] When you recruit post docs and students, do you apply the same theories?

[AR] Well, my post docs are all different, but they are all interested in economics and how it shapes our lives and how we can learn more about it. We want to try to make things better but we also want to learn to understand them. Those are related tasks. Different post docs, you know, have different points of view.

[AG] Yeah, indeed. As a young person, what inspired you to be an economist?

[AR] Well, I didn't become an economist until rather late in life. My PhD is operations research. I was interested in making things work better, and using mathematics to help do that. So operations research is what I studied as an undergraduate and graduate student. The kinds of things that I found myself interested in, trying to understand and trying to make things work better were things that involved people and that meant economics.

[AG] And today you teach a course called experimental economics, is that what you are talking about now? Can you tell us more about that?

[AR] Well, I teach two courses today. One is called market design and one is called experimental economics. It's on Monday. Um, experimental economics is about conducting experiments, bringing economics into the laboratory or creating controlled conditions in the field, um, that allow us to understand better what we are seeing in less controlled circumstances. Market design is about understanding the details of markets in sufficient detail so that we can help fix them when they are broken.

[AG] In 1988 you wrote a book called the Shapley Value, essays in honour of Lloyd S. Shapley. How did his work influence you?

[AR] Well, so ... Lloyd Shapley and David Gale, um, developed the first clear theory of what's called stable matching and they thought about algorithms. They really wrote a, they didn't think about it that way at the time, but they really wrote a very early market design paper and I've been a big follower of theirs in the sense that I wrote a book with Oliveira Sotomayor in 1990 that was called "Two Sided Matching" it sort of followed up the developments in the intervening 30 years in the theory of those kinds of markets. So I'm a, so I'm a, you know, I'm a big follower of Lloyd's and it's going to be a great honour to get the Prize together with him.

[AG] It is. I read that you have a blog and ...

[AR] Yes, I do, on market design.

[AG] In your latest post you wrote about the correlation between a country's chocolate consumption to the number of Nobel Prizes they get. What will you post today?

[AR] Ah, well, I don't know. Um, I may not have time to blog today. It's shaping up to be a busy day. As I speak to you, I'm hearing beeps that suggest that other people are calling on the phone.

[AG] I understand. Um, last question, how are you going to celebrate today, if you get a chance?

[AR] Well, pretty soon I'm going to have a cup of coffee.

[AG] That sounds good. That sounds excellent. Well congratulations and we look forward to meeting you in Stockholm in December.

[AR] I'm looking forward to it already.

[AG] OK, thank you.

[AR] Thank you.

[AG] Bye bye.

 

 

 

 

 

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publicado por Mafalda Avelar às 16:16
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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2012
"Resgatados" lidera o Top Económico. Destaque, ainda, para "Peito grande, Ancas Largas" e outras tantas obras

 

Esta semana os destaques editoriais recaem sobre:

 

 

" Os Resgatados - Os Bastidores da Ajuda Financeira a Portugal", de David Dinis e Hugo Filipe Coelho

 

"Como o Capital Financeiro Conquistou o Mundo", de Jorge Nascimento Rodrigues

 

"Portugal Surf Guide", de António Pedro de Sá Leal e Francisco Cipriano

 

"Nenhum Caminho será longo", José Tolentino de Mendonça (Vídeo ao autor)

 

"Central Tejo", de António Paixão.

 

"bem dita crise!", de António Jorge Gonçalves

 

 

"Quando a China Mandar no Mundo", de Martin Jacques

 

"Peito Grande, Ancas Largas", de Mo Yan. (China em Alta. Até na literatura)

 

 

 

TOP Económico

 

1. Resgatados - Os Bastidores da ajuda financeira em Portugal

David Dinis e Hugo Filipe Coelho/Esfera dos Livros

 

2. Keynes/Hayek - O Confronto que definiu a Economia Moderna

Nicholas Wapsshott/Dom Quixote

 

3. O Banco- Como a Goldman Sachs dirige o Mundo

Marc Roche/Esfera dos Livros

 

(veja vídeo-entrevista ao autor aqui)

 

4. Acabem com esta crise já!

Paul Krugman/Presença

 

5. Gestão das Organizações 2ed

Sebastião Teixeira/Verlag Dashofer

 

6. O Livro das Decisões

Mikael e Roman Tscha/Marcador

 

7. O Estratega

Cynthia Montgomery/Lua de Papel

 

8. Criar Modelos de Negócios

Alexander e Yves Osterwalder/Dom Quixote

 

9. Como procurar e conseguir emprego

Ana Rocha e Oliver Rohrich/Pactor

 

10. Marketing 3.0

Philip Kotler/Actual

 

 

--

 

Conheça os lançamentos económicos da semana

 

Enquanto em Frankfurt decorre a maior feira do livro do mundo, por cá, os livros, especialmente os que tocam a Economia, encontram inspiração nos bastidores e no palco da crise

 

Em contra ciclo com a economia - e acompanhando os nervos do País - os autores, principalmente os de economia, não param de escrever.

Esta semana, enquanto lá fora decorre a maior Feira Internacional de Livros e Media, em Frankfurt, na Alemanha, cá dentro, na que pode, ainda, ser considerada de "rentrée editorial", os lançamentos chegam a ser "em simultâneo".

Dia 9 de Outubro, às 18h30, em Lisboa, ao mesmo tempo que o jornalista Pedro Guerreiro apresentava, na Fnac do Chiado, os "Resgatados - os bastidores da ajuda Financeira a Portugal" (Esfera dos Livros), dos também jornalistas David Dinis e Hugo Filipe Coelho; Nicolau Santos apresentava, na Livraria Barata, "Como o Capital Financeiro Conquistou o Mundo"(Centro Atlântico), do seu colega Jorge Nascimento Rodrigues.

Muitas escritas, muitos jornalistas, muitas ideias, muitos "apontados como culpados", alguns inocentes, e muito tempo a ser contabilizado. Ao tostão.

E por falar em elementos escassos - tempo e dinheiro - decorreram, ontem, com uma 'décalage' de 30 minutos, três lançamentos. Dois em Lisboa. Perto do Tejo. O outro em Peniche. À beira mar - e sem boas ondas para a prática de surf. (O que levou a mais um adiamento da prova de competição "Rip Curl Pro"). Parênteses à parte, voltemos aos livros e "A protagonista de Imagens de um tempo Ausente, do fotógrafo António Paixão, é a Central Tejo, a fábrica de energia eléctrica da Junqueira, em Lisboa. A Central projecta-se por via da fotografia como um lugar presente, apesar da ausência de trabalho. É tempo e memória", escreve o Professor Jorge Custódio, que apresentou o livro "Central Tejo"(Bizâncio).

Mais a norte, em frente ao Atlântico e trinta minutos antes, António Pedro de Sá Leal e Francisco Cipriano lançavam "Portugal Surf Guide"(Uzina),um guia de surf bilingue (em português e inglês) sobre uma das coisas que Portugal tem de melhor: praia.

Mas Portugal tem outro factor de diferenciação: as pessoas. E associado às mesmas, destaca-se a amizade. Tema da última obra do padre, ensaísta e poeta José Tolentino Mendonça.

Em "Nenhum Caminho será longo" (Paulinas), obra que beija a amizade com um abraço, Tolentino fala sobre essa dádiva que, ao contrário do Produto Interno Bruto (PIB), não é quantificável. E em boa hora.

E foi também num bom momento, que ontem se deu mais um lançamento. Este terceiro às 18h30: "Bem dita crise!", da autoria de António Jorge Gonçalves, cartoonista, é uma obra que se apresenta como a imagem de um cartão postal, desenhado e enviado semanalmente, durante nove anos, ao leitor. Os temas, esses, são inúmeros, diferentes e muito abrangentes. Tal como a arte de quem os "desenha".

Mas esta semana fica ainda marcada pelo conhecimento público do nome do Nobel de Literatura. E o galardão vai para a Mo Yan, chinês e autor de mais de 80 obras. Entre elas, "Peito Grande, Ancas largas", livro que foi editado, em Portugal, pela Babel. E por falar na China, "Quando a China Mandar no Mundo"(Temas e debates), de Martin Jacques, é mais uma das obras de leitura recomendável.

De notar que - e agora no campo das revistas - a edição da 'Bloomberg Businessweek' dá especial destaque, esta semana, à China. Já a britânica 'The Economist' tem na capa a Índia. (Apesar de no interior nunca descartar a China).

Continuando no campo das linhas Internacionais, destaque para a última edição do Courrier Internacional, que apresenta uma colectânea de artigos sobre o tema "Super Pais Precisam-se: A família e a crise".

Tudo bons temas para reflexão. Tudo bons livros para ler. Hajam Ideias. E já agora: tempo, dinheiro e coragem para apanhar algumas (boas) ondas.

 

( Este texto foi publicado hoje na "Ideias em Estante", que é publicada no DE)  






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Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012
«Peito Grande, Ancas Largas», título do Nobel Mo Yan, em Português.

E o que é que «Peito Grande, Ancas Largas» tem de especial?

 

É, segundo a editora Babel, o único título em Português do recém anunciado Nobel da Literatura, que este ano foi atribuido ao Chinês Mo Yan.

E também o grande livro de Mo Yan.

 

Segundo nota enviada pela Babel:

 

Se quiserem, podem ignorar todos os meus outros livros, mas é obrigatório que leiam «Peito Grande, Ancas Largas». É um romance sobre  a história, a guerra, a política, a fome, a religião, o amor e o sexo.

Mo Yan

 

Peito Grande, Ancas Largas

 

 

 

Sinopse disponibilizada pela editora:

O presente romance, publicado na China em 1995, causou grande controvérsia. Algum conteúdo de teor sexual e o facto de não retractar uma versão da luta de classes consentânea com os cânones do Partido Comunista Chinês, obrigaram Mo Yan a escrever uma autocrítica ao seu próprio livro, e, mais tarde, a retirá-lo de circulação. Ainda assim, inúmeros exemplares continuam a circular clandestinamente.

Num país onde os homens dominam, este é um romance épico sobre as mulheres. Sugerido no próprio título, o corpo feminino serve como imagem e metáfora ao livro. A protagonista nasce em 1900 e casa-se com 17 anos. Mãe de 9 filhos, apenas o mais novo, é rapaz. Jintong é inseguro e fraco, contrastando com as 8 irmãs, muito determinadas. Cada um dos 6 capítulos representa um período, desde o fim da dinastia Qing, passando pela invasão japonesa, à guerra civil, à revolução cultural e aos anos pós-Mao. Um romance que percorre e retrata a China do último século através da vida de uma família em que os seres verdadeiramente fortes e corajosos são as mulheres.

 

( Este post foi também publicado no meu blog do Económico: www.livrosemanias.blogs.sapo.pt)

publicado por Mafalda Avelar às 22:49
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«Peito Grande, Ancas Largas», título do Nobel Mo Yan, em Português.

E o que é que «Peito Grande, Ancas Largas» tem de especial?

 

É, segundo a editora Babel, o único título em Português do recém anunciado Nobel da Literatura, que este ano foi atribuido ao Chinês Mo Yan.

E também o grande livro de Mo Yan.

 

Segundo nota enviada pela Babel:

 

Se quiserem, podem ignorar todos os meus outros livros, mas é obrigatório que leiam «Peito Grande, Ancas Largas». É um romance sobre a história, a guerra, a política, a fome, a religião, o amor e o sexo.

Mo Yan

 

 

Peito Grande, Ancas Largas

 

 

Sinopse disponibilizada pela editora:

O presente romance, publicado na China em 1995, causou grande controvérsia. Algum conteúdo de teor sexual e o facto de não retractar uma versão da luta de classes consentânea com os cânones do Partido Comunista Chinês, obrigaram Mo Yan a escrever uma autocrítica ao seu próprio livro, e, mais tarde, a retirá-lo de circulação. Ainda assim, inúmeros exemplares continuam a circular clandestinamente.

Num país onde os homens dominam, este é um romance épico sobre as mulheres. Sugerido no próprio título, o corpo feminino serve como imagem e metáfora ao livro. A protagonista nasce em 1900 e casa-se com 17 anos. Mãe de 9 filhos, apenas o mais novo, é rapaz. Jintong é inseguro e fraco, contrastando com as 8 irmãs, muito determinadas. Cada um dos 6 capítulos representa um período, desde o fim da dinastia Qing, passando pela invasão japonesa, à guerra civil, à revolução cultural e aos anos pós-Mao. Um romance que percorre e retrata a China do último século através da vida de uma família em que os seres verdadeiramente fortes e corajosos são as mulheres.

 

 

 

 

 

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publicado por Mafalda Avelar às 22:28
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