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In press- release de Fundação Champalimaud
"RUI COSTA COM NOVA PUBLICAÇÃO NA REVISTA NATURE"
O que acontece no cérebro quando iniciamos uma ação?
Neurocientista Rui Costa apresenta estudo que permite conhecer melhor o que acontece no nosso cérebro quando iniciamos uma ação. Nova abordagem pode vir a permitir o desenvolvimento de estratégias para tratamento de doenças como Parkinson e Huntington.
"Num estudo publicado (HOJE) no dia 23 de Janeiro de 2013 na prestigiada revista científica “Nature” com o título “Concurrent Activation of Striatal Direct and Indirect Pathways during action initiation”, Rui Costa, investigador principal do Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, em conjunto com colegas do “National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism” (EUA), aplicou uma nova e revolucionária técnica que permite registar a atividade dos gânglios da base.
“Este estudo pode ajudar a servir para desenhar novas estratégias para tratamento de doenças que afetam os gânglios da base, como o Parkinson, a Coreia de Huntington ou doenças do foro psiquiátrico como compulsões e adições”, considera Rui Costa.
Quando estamos no sofá e nos levantamos para ir à cozinha, ou quando estamos parados e começamos a caminhar, o que é que acontece no nosso cérebro? - A questão de saber “quais são os mecanismos cerebrais que levam à iniciação voluntária de ações?” tem interessado os cientistas, pois permite perceber como o movimento é gerado, além do que acontece em doenças como Parkinson ou a Coreia de Huntington. Os gânglios da base são necessários para a iniciação de ações voluntárias e são afetados por um número de desordens neurológicas debilitantes.
O modelo mais adotado de como estes circuitos funcionam, sugere que há dois circuitos (chamados direto e indireto) que têm efeitos opostos no movimento. Segundo este modelo, a atividade no circuito direto favoreceria o movimento, enquanto a atividade no circuito indireto inibiria o movimento. Este modelo tem sido difícil de testar devido à dificuldade de medir a atividade de cada um destes circuitos no cérebro.
A equipa de Rui Costa, que trabalhou com elementos do NIAAA, desenvolveu um método inovador para medir a atividade específica destes circuitos nos gânglios da base que permitiu descobrir que ambos os circuitos, direto e indireto, estão ativos quando iniciamos o movimento. Estes dados sugerem que estes circuitos trabalham de forma coordenada para iniciar o movimento, e não favorecem a ideia de que um circuito promova o movimento enquanto o outro o inibe.
Sobre Rui Costa, investigador Principal no Programa de Neurociência da Fundação Champalimaud
Rui Costa nasceu na Guarda, em 1972. Licenciou-se em Medicina Veterinária na Universidade Técnica. Depois de se doutorar em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto e pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, fez o pós-doutoramento em Neurobiologia na Universidade de Duke, também nos EUA. Depois disso liderou vários anos a secção de Neurobiologia da Acção nos Institutos Nacionais de Saúde americano (NIH). Rui Costa recebeu o prémio de Jovem Investigador da Fundação Nacional de Neurofibromatose Americana, em 2001, e foi finalista do Prémio Donald B. Lindsey da Sociedade de Neurociência dos Estados Unidos, em 2003. Está na Fundação Champalimaud desde 2008 como Investigador Principal do Programa de Neurociência da Fundação. Está interessado em analisar os circuitos cerebrais que controlam o comportamento: como eles são criados, como funcionam ao nível celular, e como tudo isso se junta num cérebro muito complexo, para controlar o movimento, a aprendizagem, a memória e ações.
Em 2009 recebeu a “Marie Curie Reintegration Grant” e a bolsa do European Research Council. Em 2012 recebeu a bolsa do Howard Hughes Medical Institute e foi premeado pela Society for Neuroscience com o Young Investigator Award.
Sobre o Programa de Neurociência da Fundação Champalimaud
O Programa Champalimaud de Neurociência da Fundação Champalimaud é um programa internacional que tem por objetivo investigar as bases neurais do comportamento. Este programa foi desenvolvido considerando que a investigação básica na área da neurociência terá um impacto significativo na compreensão das funções cerebrais, que por sua vez contribuirá para a compreensão e possível tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas." in press release da Fundação Champalimaud
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